Comunicação Visual III – Módulo 14 - 3ª Semana (29/11/2010 – 3/12/2010)
Assim sendo, adaptamos o texto recolhido na entrevista.
Assim contemplou-se em:
Fazermos uma selecção das ideias que foram recolhidas no decorrer da entrevista, juntando assim as ideias soltas, para que assim conseguíssemos com mais precisão e rigor o nosso guião.
Depois de concluída a construção do guião, explicamos a Dona Teresa que reformulamos as suas ideias num texto corrente.
Todavia, achámos melhor à Idosa fazer uma pequena leitura no texto para que assim memorizasse e entendesse o texto que resultou do seu empenho e dedicação.
Também achamos interessante reflectirmos e transmitirmos com a realização do nosso vídeo algumas diferenças existentes entre a Ceia Tradicional do Natal Poveiro de Antigamente e a Ceia do Natal Poveiro vivido hoje em dia.
Estas mesmas pode - se verificar de família para família, que à sua maneira de celebrar o Natal, foi sofrendo alterações ao decorrer nos anos, quase nenhuma família segue a tradição do Natal Poveiro
Com por exemplo: Raras são as famílias que ainda hoje colocam palha no chão. Sobre a mesma estendem a toalha, e, sobre esta, colocam-se bacias do centro da tolha, sentando – se todos em redor.
Antigamente, era raras as famílias que tinham a tradição da construção do pinheirinho, e o presépio era unicamente construído nas igrejas.
Achamos também benéfico, mostrar com a realização deste vídeo, que as pessoas idosas são uma mais valia para nós porque são eles que nos transmitem saberes e experiências vividas ao longo da sua vida. Assim percebemos que os idosos não são “um trapo velho e que não valem nada”, mas sim pelo contrário são umas caixinhas de surpresas e também têm coisas maravilhosas e extraordinárias para nos ensinar que mais tarde ou mais cedo irão ser bastante benéficas para nós enquanto seres humanos que somos
Concluída a construção o nosso texto e do guião.
Sendo assim, o nosso guião contemplam-se em:
Guião
A Ceia Tradicional do Natal Poveiro
Antigamente, na ceia de Natal colocava-se palha no chão e por cima uma toalha ou cobertor. Colocando apenas uma bacia de louça no centro da toalha, onde toda a família comia do mesmo.
A ceia era composta de bacalhau com batatas e couves. Acompanhado de peixe seco, raia ferreta ou cação. Hoje em dia muitas famílias continuam a seguir está tradição.
Nas famílias mais ricas a sobremesa típica era rabanada, feita com ovos, aletria, frutos secos, bolo-rei e castanhas.
Nas famílias mais pobres as rabanadas eram feitas de água e açúcar.
Havia as pinhas de pinheiros mansos, que eram colocadas ao calor no fogão ou da lareira para abrir e tirar os pinhões. Estes mesmo eram para comer e serviam para jogar ao rapa.
Era costume jogar ao rapa, no final da ceia. O rapa era uma espécie de pião pequeno não redondo mas quadrado. Cada lado do quadrado tinha as seguintes letras:
P ---» (põem um pinhão);
T ---» (tira um pinhão);
D ---» (deixa um pinhão);
R ---» (rapa – ganha o jogo).
Este jogo não tem limite de pessoas.
Antes de se deitarem, cada um colocava por baixo da chaminé o seu sapatinho. Só no outro dia de manha é que se abriam as prendas.
Assim, os sapatinhos podiam conter castanhas ou figos.
Os rapazes dos sete aos catorze anos, levavam para acompanhar a música do “Menino Jesus” ferrinhos e castanholas. As castanholas eram dois paus estreitos rectangulares queimados nas pontas para dar um som especial.
Esta mesma era cantada nas três ceias, ou seja, Natal, Ano Novo e Reis. E hoje em dia são raras as famílias que festejam o dia dos Reis com a ceia.
Chegados às portas batem, fazendo a pergunta: Vai ou não vai? Se respondessem “vai”, os rapazes cantavam a música do “Menino Jesus”.
No caso de não abrirem a porta para os rapazes cantarem, eles diziam: “ Esta casa cheia a unto, aqui morreu um defunto”.
Pastores, pastores vinde
Todos a Belém
Adorar o Deus Menino
Que Nossa Senhora tem
O meu Menino Jesus
Tomai castanhinhas quentes
Abri a vossa boquinha
Para ver se tendes dentes
O senhor patrão da casa
Dê volta à salgadeira
Mande para sua criada
Um bocado de orelheira.